Pausas
Tenho saudades. De escrever a sério. De deixar que as mãos escrevam à velocidade do pensamento. De me deixar levar pelas emoções e de transpor isso para o papel.
Durante muito tempo estive perdida, entre obrigações que me roubaram tempo e me afastaram daquilo que sempre quis fazer.
Se voltar à infância, recordo-me com exatidão das profissões que queria exercer num futuro que, na altura, estava tão distante. Passei por muitas profissões. Passei por muitas decisões. Mas há algo, algo que sempre me acompanhou e que me dá prazer: a escrita. E, nos entremeios, fui delegando esse prazer para segunda, terceiro, enésimo plano.
Hoje, sem porquês associados, apeteceu-me voltar a escrever. Apeteceu-me libertar o todo que está oprimido em mim, à espera de vez para se evadir, para se soltar. Não quero mais pausas.
Apetece-me ser livre. E na escrita, sou-o.
Comentários
Sê livre, então. Eu vou gostar...
Beijo, querida amiga Laura Catarina.
A escrita, mesmo que por impulso, além de libertadora, é gratificante pelo gesto de partilha que encerra.
Oh Nino D'oiro, é isso. Libertação de paradigmas. Mas não é tão fácil assim. Comecemos pelos pensamentos soltos... Beijinhos!