Não à Guerra!



Não é o mundo que está do avesso. Somos nós, as pessoas que nele habitam. Nós é que somos todos corresponsáveis pelo que se passa nele.
A desvirtuação dos valores é tanta, que acaba por ser normalizada e este é, a meu ver, um problema imensuravelmente nefasto na crise de mentalidade que vivemos: uma tentativa desenfreada de normalização de atos irrepreensíveis, aliada a uma dessensibilização constante a que estamos sujeitos diariamente, por uma comunicação que é tudo, menos eficaz, neutra e factual.
O caos do qual nos queixamos tem uma participação nossa: ativa ou passiva. É uma escolha pessoal, não uma imposição de variáveis externas. Esta desresponsabilização individual e coletiva tem um preço alto a pagar e todos vamos pagá-lo, indubitavelmente. Uns mais do que outros, e sempre de forma injusta.
As guerras começam com argumentos dignos de constarem em livros de cabeceira. Palavras como "defesa", "preservação", "antecipação", "desnazificação" é tudo areia para os olhos de pseudo românticos incuráveis. Talvez tenham existido demasiados cursos de escrita criativa nos últimos anos...
A utopia existe na mente de muitas pessoas e chama-se PODER. E o poder cega, desumaniza e destrói. E é uma busca sem fim. Quem o procura, já se perdeu irrecuperavelmente. E esse é o maior perigo da humanidade. O perigo que vivemos todos os dias, quase sem darmos por isso e enquanto reclamamos de coisas sem sentido.

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